Marco Civil da Internet


O marco civil de forma geral é uma proposta aprovada pela Câmara disciplinar sobre direitos e deveres dos usuários da internet, mantendo a liberdade e democracia na rede, para proteger os dados dos usuários de espionagens praticadas pelo mercado ou por outros governos, impedindo que as empresas de telecomunicações discriminem usuários, ao limitar a velocidade de acesso para os que contratarem os pacotes mais populares.
A norma legal também discrimina como a Justiça deve agir para responsabilizar crimes cibernéticos. A proposta construída com a participação da sociedade civil e encaminhada ao parlamento pela presidenta Dilma que diz "a garantia da neutralidade da rede, de proteção à privacidade dos usuários e da garantia da liberdade de expressão  e a retirada de conteúdo improprio do ar."

Outro grande avanço garantido pelo Marco Civil da Internet é a maior proteção da liberdade de expressão na Internet. A Lei assegura a liberdade de expressão, como aconselhado na Constituição de 1988, garantindo que todos sigam se expressando livremente e que a Internet continuará sendo um ambiente democrático, aberto e livre, ao mesmo tempo em que preserva a intimidade e a vida privada. O Brasil discutiu durante quatro anos o Marco Civil da Internet, considerado hoje um texto avançado no mundo ao estabelecer regras, direitos e deveres no ambiente virtual brasileiro tornando a internet um bem público.
Fonte: Guia Juventude e Comunicação (faça você mesmo da Renajoc)


Postagem de Handryelly Ferreira da Equipe do Blog.

Concessão é a solução


De acordo com a declaração universal dos direitos humanos, no artigo XIX: “Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.”

Ainda que a Constituição Federal proíba os oligopólios* e os monopólios** dos meios de comunicação, menos de dez famílias concentram empresas de jornais, revistas, rádios, TVs e sites de comunicação no país; fazendo com que a pluralidade de idéias em torno dos diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos possam se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático.

A internet virou um meio popular para as pessoas expressar sua opinião, já que não há outros meios de comunicação que atinja uma grande parte da sociedade, dessa forma, falar sobre direito à comunicação é reconhecer que todo o humano tem um ponto de vista e exercício a cidadania; dando a eles o poder de opiniões e respostas das informações passadas.

 Mas estas mudanças não se refletiram nas políticas de comunicação do nosso país. São 50 anos de concentração, de negação da pluralidade. Décadas tentando impor um comportamento, um padrão, ditando valores de um grupo que não representa a diversidade do povo brasileiro. Cinco décadas em que a mulher, o trabalhador, o negro, o sertanejo, o índio, o camponês, gays e lésbicas e tantos outros foram e seguem sendo invisibilizados pela mídia.

A campanha Para expressar a liberdade é uma iniciativa de centenas de entidades da sociedade civil que acreditam que uma nova lei geral de comunicações é necessária para mudar essa situação.

* Mercado em que só há um pequeno número de vendedores para uma multidão de compradores.
** Privilégio que dá o exclusivo

Postagem da Equipe do Blog, Sheylla Guthemberg. 

Entenda a Comunicação Comunitária

Falamos tanto de comunicação popular e comunitária, mas oque realmente é? quem de fato faz essa forma de comunicação? e pra quem é essa comunicação?

"A comunicação popular e comunitária se constituem como uma comunicação baseada na realidade das classes subalternas e com o objetivo de transformação social, a partir da politização dos sujeitos dessas classes e sua consequente emancipação, mediante a proposição de processos comunicativos, participativos e de valorização das subjetividades."


Ta confuso ainda né? resumindo, a comunicação comunitária e popular é a comunicação alternativa e participativa, que tem a função na comunidade de transmitir, avisos sobre matricula nas escolas, vagas de emprego, campanhas de saúde, historias, eventos e por ai vai, mas também incentiva a participação dos moradores na solução dos problemas da sua comunidade. A linguagem utilizada é a mais adequada possível para que todos ouvintes ou leitores possam entender porque a comunicação pode acontecer tanto de forma impressa, através de fanzines, jornal-mural, jornal ou rádio com alto falantes espalhados pelo bairro e quando é TV, é posto um telão no meio da rua e todos assistem as produções feitas por pessoas do lugar. Normalmente esses veículos de comunicação comunitários são sustentados a parti de anúncios dos próprios comerciantes da localidade gerando renda para a distribuição ou manutenção da mídia.
vale lembrar que: "A comunicação comunitária deve ser realizada pela comunidade, a partir de processos como a escolha, a construção e a distribuição de veículos que melhor se identificam com a realidade local. Portanto, mais do que informar, é preciso criar uma interação entre os veículos (jornal, rádio, site etc.) e seus púbicos, de forma que eles façam sentido na comunidade." afirma Marcella Marer, publicitaria e coordenadora de Marketing do CDI.

Postagem de Luiz Felipe Bessa da Equipe do Blog.

Comunicação, Educação e Cultura


Esta acontecendo esta semana em Natal/RN de 11 a 14/11 o 3º Encontro Nordestino de (in)Formação na Interface Comunicação, Educação e Cultura (ENFORCEC), e o Encontro Regional da Rede Nacional de Adolescentes de Jovens Comunicadorxs (RENAJOC) e desde do dia 11, dezenas de comunicadores de todo o nordeste chegam a cidade do sol, com intuito de conhecer outras praticas de educação, comunicação e cultura fazendo assim uma troca de conhecimento muito rica.
Na mesa de abertura, os realizadores e parceiros do evento deram as boas vindas estimulando o aproveitamento deste encontro para conhecer e ampliar nossos saberes, esteve nela representantes da Viração, Unicef, gestão da UFRN e colaboradores. 



O Encontro já teve a participação da Escola de Fotógrafos Popular do Rio de Janeiro (RJ), da Escola de Musica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN) pelo Grupo Acorde, vários coletivos como: Tear, CABW/Enecos Potiguar, Coletivo Caboré, Viva Mãe Luiza e Vir-a-Vila que atuam no RN, e apresentaram seus projetos,  organizações do nordeste que também já passaram por lá foi: o Centro de Comunicação e Juventude – PE, Centro Cultural Luiz Freire – PE, Desabafo Social – BA,  Juventude Conectada Aos Direitos – PE (nós) , Cipó Comunicação Interativa – BA, Centro de Defesa Padre Marcos Passerini – MA e a Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e defensores Públicos da Infância e Juventude (ABMP), que nos deu uma dimensão da quantidade de projetos e iniciativas que existem perto de nos e muitas vezes não conhecemos.
O evento está repleto de oficinas de formação, e é importante para quem quer aprender uma linguagem que ainda não trabalhou dentro do seu projeto, ampliando as linhas de atuação. As Oficinas realizadas e que ainda iram acontecer são: Oficina de Fotografia Popular (12 e 13/11), Oficina de Intervenção Urbana voltada para o Direito Humano à Comunicação e Democratização da Comunicação (12 e 13/11), Texto Criativo Colaborativo (12 e 13/11), Oficina sobre Direito Humano à Comunicação (12 e 13/11) e Oficina Design e Sustentabilidade (12 e 13/11). 
O Blog, em sua participação, contou um pouco do surgimento do grupo, como nos organizamos, a forma que trabalhamos e todo o processo das oficinas do Mais Educomunicação, fazendo assim a troca de experiências do nordeste. 

Postagem de Luiz Felipe Bessa e Scheylla Guthemberg da Equipe do Blog. 

Projeto Mais Educomunicação

Finalizamos com sucesso mais um ano do projeto Mais Educomunicação que tem como realização a ONG Auçuba Comunicação e Educação e a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores (RENAJOC).
Nas oficinas foram trabalhados os temas de Gêneros Textuais, Direito a Comunicação, Mapeando os Direitos, Oficina de preparação para o Dia C da Juventude Comunicativa, um cine debate com os curtas “Cordel da Regulamentação da Comunicação”, “Evolução dos meios de comunicação”, “um show de animação para contar sua história” e “Levante a sua voz com Direito a Comunicação”, Ser Adolescente e ser Jovem, Uso da Internet Segura, Vídeo de Bolso, Oficina de Fotografia, Stêncio e Encerramento.

Para realização das oficinas os nossos encontros tinham o seguinte quadro: dinâmica de chegança/integração, conteúdo, produção de um material de comunicação e dinâmica de encerramento e/ou avaliação. 
Conseguimos com os temas poucos discutidos em sua comunidade. Realizamos todas as Oficinas planejadas focamos na formação interna deles, pois não tínhamos muitos equipamentos para ingressá-los nas redes sociais como blogs, sites e uplouds de vídeos e fotos na internet. 
Com os objetivos alcançados: conseguimos repassar para os adolescentes sobre o direito e deveres que todos têm, muitos deles não sabiam o que era Direito a Comunicação, por exemplo, na concepção de cada um eles achavam que não era um direito de aparecer em Radio ou TV de Maneira legal e não ofensiva.


Postagem de Handryelly Ferreira e Scheylla Guthemberg da Equipe do Blog.

Conheça a Radiotube

comunicadores do nordeste se reúnem para produzir e aprender sobre rádio, internet e vídeo.  




Entre os dias 29 e 30 de outubro, participamos da oficina de Radiotube (http://www.radiotube.org.br/) do nordeste com comunicadores de toda região que buscavam conhecer ou aperfeiçoar seus conhecimentos em rádio, internet e vídeo. O evento foi promovido pela Criar Brasil, (instituição do Rio de Janeiro que desenvolve projetos de produção de spots, programas jornalísticos, reportagens e radionovelas) em parceria com com a Petrobras. A formação aconteceu na Faculdade Integrada AESO Barros Melo que deu todo apoio estrutural. 
Com foco em comunicação cidadã, discutindo as temáticas de proteção e defesa  da criança e adolescente nas questões de exploração sexual. 
A promotora do Ministério Público de Pernambuco, Ana Carolina de Sá palestrou sobre o tema pois é a sua área de atuação e colaborou conosco com uma entrevista para alimentar a radiotude. 
O radiotube.org.br se consolidou em referência para comunicadores que, na prática, constituíram uma agência de notícias colaborativa, onde são compartilhadas produções de áudio, vídeo e texto abordando exclusivamente temas ligados à cidadania.

"Foi uma experiência muito rica, pois nunca tinha trabalhado com radio, spot, radionovela. Esses meios podem ajudar a transmitir informações para pessoas de forma mais legal e interativa. O encontro foi um momento de conhecer pessoas que trabalham na mesma linha de atuação com você e tem os mesmos interesses."  diz o jovem Luiz Felipe que compõe a Renajoc (Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores). 





Postagem feita por Luiz Felipe Bessa e Scheylla Guthemberg. 



Plebiscito Constituinte

Ontem, dia 01 de setembro, começa a Semana do Plebiscito Constituinte. A campanha vem sendo organizada desde junho, especificamente desde as manifestações que exigiram, além da redução da passagem, mudanças no sistema político brasileiro. Desde o final do ano passado, movimentos sociais, partidos políticos e entidades de todo o País decidiram organizar um Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do sistema político, para assim, realizar a reforma política no Brasil. Esse Plebiscito, que é uma consulta na qual os cidadãos e cidadãs votam, para aprovar ou não uma questão, acontecerá entre os dias 1 e 7 de setembro de 2014. Qualquer pessoa ou grupo pode organizar um local de votação com uma urna. A intenção é livrar nossa democracia do peso do poder econômico, que é responsável por alimentar a corrupção e, sobretudo, por distanciar o povo de todas as decisões políticas que nos são cabíveis. Muitos nem sabem, mas, mais de 70% do Congresso Nacional é representado por fazendeiros e empresários, que se apoderam das decisões ligadas à educação, saúde, entre outros, quando isso não deveria acontecer. Por isso, as mudanças no Brasil são necessárias, vamos nos mobilizar!

7 Razões para dizer sim a constituinte do sistema político.

1 – As manifestações de Junho de 2013 evidenciaram a necessidade de mudarmos a política brasileira urgentemente! Milhares de cartazes e gritos nas ruas diziam “Não me representa!”, demonstrando a descrença da população nos representares e nas Instituições Políticas do nosso país.
2 – Hoje, o seu voto não é o que decide as eleições e sim o Poder Econômico, que através do financiamento empresarial de Campanhas Milionárias, dá a “palavra final” e mantém seu controle na eleição dos representantes nas Câmaras Federais, Estaduais e Municipais, principalmente. Constatamos isso pois ao olharmos uma “fotografia” do atual Congresso Nacional, o número de deputados e senadores ligados aos grandes empresários (da agricultura, da indústria, da construção civil, da educação, da saúde, etc) é três vezes maior que dos ligados aos trabalhadores (que são maioria na nossa sociedade).
3 – Por outro lado, percebemos nesta mesma “fotografia” que o número de representantes de trabalhadores, mulheres, jovens, LGBT, da população negra e indígena nos parlamentos não corresponde ao tamanho destas populações na nossa sociedade. Em outras palavras, estes setores estão sub-representados no Congresso Nacional e a grande maioria das reivindicações destes não É ATENDIDA neste espaço.
4 – Inspirados no ditado popular “Quem paga a banda, escolhe a música!”, constatamos claramente que A GRANDE MAIORIA DO CONGRESSO NACIONAL NÃO QUER MUDAR AS REGRAS DA POLÍTICA! Pelo contrário, quer deixar tudo como está, mantendo seus privilégios, que não são poucos!
5 – Para conquistarmos as reivindicações que foram às ruas em 2013 (melhoras no transporte, na saúde, na educação, na moradia, na mídia, no campo, entre outras) é preciso que o povo se mobilize para mudar as “REGRAS DO JOGO DA POLÍTICA”, pois as regras que aí estão só servem aos grandes empresários, que emperram todos estes avanços. Só é possível mudar as regras, alterando a Constituição Federal.
6 – Precisamos de uma Constituinte Exclusiva, na qual se possa eleger representantes que tenham EXCLUSIVAMENTE A TAREFA de elaborar as mudanças desejadas pela grande maioria da população brasileira. Transformar os atuais parlamentares em Constituintes (como aconteceu em 1988) não vai mudar nada!
7 – Realizar uma CONSTITUINTE EXCLUSIVA significa aprofundar a Democracia no nosso país. Permite que possamos debater amplamente e decidir as regras de participação e representação, permite combater: o privilégio do poder econômico nas eleições e na sociedade, a sub-representação da maioria dos brasileiros; e aperfeiçoar os mecanismos de democracia direta (Plebiscitos, Referendos e Leis de Iniciativa Popular). Permite combatermos um sistema que privilegia pessoas e avançarmos para um sistema político que privilegie propostas concretas para enfrentar os problemas do País.

Postagem de Handryelly Ferreira da Equipe do Blog.

Cineclube

Mulheres, mães, militantes, artistas, guerreiras. Na véspera do dia da mulher negra, latino-americana e caribenha a Cineclube Bamako a Oi Kabum e varias organizações trazem a exibição do filme 25 de Julho, que trata das várias experiências de vida de mulheres que estão na luta pelos seus direitos.
Após os filmes, ligação com a poesia com um sarau, onde traremos como tema a mulher negra, seguida da discotecagem da DJ Preta One, com o melhor da música negra.
O QUÊ? Sessão de Abertura 2014 do Cineclube Bamako – Homenagem a Carolina de Jesus
QUANDO? 24 de Julho, às 19h
ONDE? Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia Recife – Rua do Bom Jesus, 147, Bairro do Recife, Recife-PE.

 



Postagem de Luiz Felipe Bessa da Equipe do Blog. 

Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes



O índice de exploração sexual continua alto, podendo aumentar ainda mais com a Copa do mundo no Brasil, embora haja algumas campanhas de combate a exploração, ainda não é o suficiente. Precisamos de ações de conscientização tanto para os turistas quanto para os próprios brasileiros. A Exploração pressupõe uma mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes.
Na maioria dos casos, adultos submetem menores em situação de vulnerabilidade, impondo os mesmos através de força física, pela ameaça ou até pela troca de alimentos. A família consente e acreditam que esse adolescente trabalhando mesmo não gostando, não sendo um trabalho “legal” pode ajudar com as despesas da casa.
Proteja nossas crianças e adolescentes quando ver o ocorrido ligue denuncie pois se nós não fizermos nada quem vai fazer?

O Brasil ficou no segundo lugar num ranking que mostra o tráfico de seres humanos e pessoas como o apresentador Luciano Hulk só contribuem para nos manter nas primeiras colocações
deste triste ranking.Veja mais informações

Postagem de Handryelly Ferreira e Scheylla Guthembreg da Equipe do Blog.

Entenda melhor o Movimento Ocupe/Resiste Estelita

Explicando o movimento e os motivos que estamos lutamos e resistimos na mudança do projeto novo Recife
Fonte: Movimento Ocupe Estelita 

O que é? 

O Movimento Ocupe Estelita /Resiste Estelita luta contra o desenvolvimento urbano guiado apenas por interesses económicos, que destrói a identidade de nossa cidade e promove uma ideia ultrapassada de progresso e modernização. Vários grupos, coletivos e movimentos sociais estão juntos na luta pelo nosso Recife. Unid@s, nos erguemos contra os urbanismos segregados e suas conseqüências hostis para a cidade.

Porque? 

O Projeto Novo Recife (NR) surge como o oposto de tudo isso. É o símbolo de um modelo de cidade excludente, segregadora e não-participativa. As irregularidade e ilegalidades presentes em todo o processo de elaboração e do projeto apenas confirmam a sua nocividade para a construção de uma cidade democrática e humana. Ele representa uma perda de oportunidades para o pleno desenvolvimento de uma área tão importante para cidade do Recife(PE) como o Cais José Estelita, pelo seu potencial histórico, geográfico e ambiental. 
Foto: Resiste Estelita/Direitos Urbanos

Onde? 

O Cais José Estelita é um cais que se encontra na Ilha de Antônio Vaz em Recife, Pernambuco. Surgiu como área de aterro para interligar o Forte das Cinco Pontas e Forte Príncipe Guilherme. Neste local também funcionavam pelo Porto do Recife e também estocavam o açúcar produzido na zona canavieira. Este espaço, mesmo desativado permaneceu com como propriedade da Rede Ferroviária Federal, até que foi vendida para um complexo de empresas privadas do setor imobiliário, formado pela Moura Dubeux, Queiroz Galvãoi, GL Empreendimento e Ara Empreendimentos. Esta venda foi realizada em 2008, através de leilão.



A mais de dois meses os movimentos ( Resisti Estelita/ Ocupe Estelita) estavam acampados no Cais José Estelita, mas na madrugada do dia 17/06 o dialogo que estava acontecendo com a prefeitura foi quebrado pelos policiais militares. A propósito do uso da força pela Polícia Militar do nosso Estado para a desocupação da área do Cais José Estelita, manifesto meu profundo repúdio aos excessos e à violência contra os manifestantes que exerciam seu direito constitucional de realizar um protesto pacífico.  


Fonte: Movimento Ocupe Estelita 


É absolutamente condenável o fato de o diálogo ter sido substituído pelo uso de armas, ainda que menos letais, como balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral, como se todos tiveste cometendo um crime. Não há razão plausível que justifique a desconstituição dos entendimentos construídos entre as partes envolvidas, com a participação do Ministério Público Federal e do Estado, por uma operação policial surpresa, como a que foi realizada na manhã do dia 17 de junho de 2014. 

  Confio na diligência do Governo do Estado para identificar os abusos cometidos e punir os seus autores. Por outro lado, também não é possível que a Prefeitura do Recife – responsável pela condução e aprovação do projeto Novo Recife da forma como ele está hoje – assista de maneira passiva ao desenrolar de todo esse processo. É necessário que a PCR (Prefeitura do Recife) assuma as suas responsabilidades no projeto e proponha as adequações necessárias a conciliar o interesse público com a segurança jurídica dos contratos firmados. 





Saiba mais https://www.facebook.com/fulaninhx

Fontes:
Senador Humberto costa
( https://www.facebook.com/rohberto/posts/10204221903058344 )
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cais_Jos%C3%A9_Estelita
 https://www.facebook.com/pages/MovimentoOcupeEstelita/320033178143669?sk=timeline


Postagem de Mayra Kelner e Luiz Felipe Bessa da Equipe do Blog. 

"Iniciativa Popular" é o tema de capa da Edição 107 da Revista Viração

"SANCIONADA PELA PRESIDENTA, O MARCO CIVIL DA INTERNET GARANTE MAIOR PRIVACIDADE AOS USUÁRIOS E REGULAÇÃO DA WEB POR VÁRIOS SETORES SOCIAIS"

NEUTRALIDADE
LIBERDADE  E
PRIVACIDADE NA REDE




  

XII FREPOP – Fórum de Educação Popular- IX Internacional

 Educação Popular e Juventude: O que você tem a dizer? 



O FREPOP – Fórum de Educação Popular, nasce em 2002 com o objetivo de ser um território onde educadores/as populares, aprendizes de todas as matizes sociais e educadores/as que atuam sob o pressuposto de conhecimento socialmente construído e partilhado de forma horizontal, se reúnem para desenvolver atividades de partilha de saberes nos formatos de rodas de conversa, oficinas, painéis, vivências e visitas nas comunidades onde ocorre o Frepop.

O Evento é divido em vários Eixos temáticos, e é organizado pela O ONG FREPOP – FORUM DE EDUCAÇÃO POPULAR, Marcio Cruz (Presidente do FREPOP) e Salete Elias de Castro (Tesoureira). A programação do FREPOP é definida com a participação direta das redes de educação popular, movimentos sociais, sindicais e camponeses, ativistas de grupos sociais das mais diversas matizes que tem por finalizada a atuação nos moldes da educação popular para transformar o mundo. Os grupos interessado em participar e realizar alguma atividade, podem inscrever suas atividades, mas corra o prazo já esta acabando. 

Inscrição de Atividade Clique Aqui

Postagem de Luiz Felipe Bessa da Equipe do Blog.

Vai ter COPA!!!

Bem, é hoje, não há o que fazer, Vai Ter Copa! Não que nós não queríamos a copa no brasil, mais temos necessidades maiores e coisas muito mais importante para nos preocupar. Hoje o Brasil estará em festa, os turistas não param de chegar, os jogos da copa vão começar e as crianças continuam sem estudar, seus pais sem ter com o que os alimentar, alguns ate sem uma casa para morar.
Mas temos que ver a copa, como uma coisa boa, que trara mais visibilidade para o pais, trazendo desenvolvimento, renda para os grandes e pequenos empresários.  

Algumas pessoas estão muito contente, pelo fato que o brasil assediará a copa, no entanto a copa não é para todos, pois os valores dos ingressos vão além de R$ 1.860.00.
Como podemos torcer num estádio, sabendo de toda a podridão por trás disso; tantas famílias que foram desabrigadas e que ainda hoje não tem mas a casa própria, essas famílias tiveram seus direitos a moradia violado. Pessoas sofrendo em hospitais, com falta de medicamento, estrutura e etc, e os torcedores gritando goooooool? como disse nosso amigo Ronaldo "Não é com hospitais que se faz copa!" .
O que mais me envergonha nessa sociedade é como um jogador de futebol, pode ter o salario maior do que, quem o ensinou a ler e escrever (professores).  Como um país pode ser campeão com fome e sem educação?

COPA PARA QUEM? 

A instituição privada, organizadora da copa tem manipulado o governo de uma forma, colocando privações que não foram vista em copa alguma, conheça algumas:

> Vuvuzelas, que ficou famosa no Mundial de 2010. Aturdida com o barulho, a Fifa proibiu nominalmente a vuvuzela, assim como qualquer instrumento musical- As palmas ao menos, estão liberadas!
> Mochila até 25cm de altura.
> Cartazes, o regulamento dos ingressos proíbe cartazes, bandeiras e folhetos que possam "tirar o foco desportivo" do evento.
> Garrafas, ex. material frágil e estilhaçável.
> Sem Sinalizadores, bombas, fogos de artificio.
> Bonés e camisetas. "Os espectadores podem vestir o que quiserem", diz o código. Mas à frente, entretanto, torcedor vê que não é bem assim. Para combater o "marketing de emboscada", a Fifa proíbe a entrada de pessoas com bonés, camisetas e outras vestimentas com logotipo de empresas que não patrocinem a Copa.
É quem pode manda e quem não pode, obedece.

Os problemas que alguns torcedores brasileiros fanáticos por futebol não enxergaram, foi ver a quantidade de violações de direitos que a copa tem feito, confira a realidade dessas pessoas.

Realidade
 

Confira a edição 106 da Revista viração

Fonte: Jornal Aqui PE, Viração (mudança, atitude e ousadia jovem)

Postagem de Luiz Felipe Bessa e Scheyla Guthemberg da equipe do blog.

Revista Viração Edição 106 - Maio

Segurança e Ética no Uso da Internet

Na manhã desta segunda-feira passada (19) a Escola Superior do Ministério Publico de Pernambuco, juntos com o Safernet Brasil, realiza o I Encontro Estadual sobre Segurança e Ética no Uso da Internet para Proteção de Crianças e Adolescentes no fórum do Recife, na Ilha de Joana Bezerra.
O objetivo do evento foi, sensibilizar e trocar informação quanto aos riscos e medidas para proteção de crianças e adolescentes no uso das ferramentas da rede mundial de comunicação, bem como divulgar materiais e forma agentes multiplicadores.
Participaram do evento grandes nomes da proteção de crianças e adolescentes no Estado de Pernambuco, e grandes nomes na formação e educação.
"O evento foi muito proveitoso e trouxe a oportunidade de conhecer outras pessoas que trabalham na proteção de crianças e adolescentes e socializar seus trabalhos" disse Luiz Felipe um dos poucos jovens que participou do evento.

Postagem de Luiz Felipe Bessa da Equipe do Blog.

Ousar, Lutar Organizar a Juventude Pro Projeto Popular

Foi o tema do II acampamento do Levante Popular da Juventude, realizado em Cotia interior de São Paulo, de 17 a 21 de abril no Parque Cemucam. O evento reuniu mais de 3.000 (três mil) jovens, representantes de 23 estados do Brasil. O espaço de encontro dos estados presentes, foi aproveitado também para acontecerem momentos de formações, mobilizar mais jovens lutando pela transformação do nosso país e as dificuldades enfrentadas em cada canto do pais.  O objetivo do acampamento foi construção do projeto popular para o Brasil, daí apontar quais os desafios que teriam pela frente, pensar forma de soluciona-los, eleger uma nova coordenação nacional para o movimento.

 No dia 21 os mais de três mil jovens saíram nas ruas da Av. Paulista, no centro de São Paulo, dando seus gritos de guerra para democratizar a comunicação e expressar suas reivindicações e fala sobre plebiscito popular, constituinte exclusiva e soberana do sistema político do brasil. Esse ano de 2014 o Levante Popular da Juventude, completa dois anos de luta por um projeto popular pela educação, por transporte público gratuito de qualidade, pela democratização da comunicação, pelo acesso à cultura e ao lazer, contra o trabalho precarizado, contra o machismo, o racismo e a homofobia.

No acampamento, todos os dias aconteciam plenárias discutindo temas para a formulação da carta de construção do projeto popular do Levante, oficinas de música a meio ambiente eram realizadas, e todas as noite eram culturais para que o mista cultura do nosso país em forma de música e apresentações, levassem um pouco do Brasil para cada região. Debates sobre a realidade da juventude brasileira, foi aproveitado também para mobilizar mais jovens para lutar pela transformação do nosso país.

Conversamos com alguns jovens sobre o acampamento e Sil Crisostomo, estudante de Serviço Social que faz parte da célula do Movimento estudantil do Levante PE, fala que “o II Acampamento Nacional possibilitou um processo de ampla discussão nas diversas frentes, setores e coletivos de atuação do movimento; de identidade entre os jovens que já vem construindo luta em todo o Brasil, principalmente nos últimos dois anos, com a nacionalização do movimento; além de agregar novas pessoas com sonhos e desejos de mudanças iguais ao que construímos e também sonhamos e Afirmamos em canções do movimento (forma de agitar e propagandear as bandeiras de luta da juventude), que o acampamento muda a vida e que ele é ponto de partida para uma transformação muito maior. Trouxemos muita energia e mística para nosso estado, não deixando a peteca cair, ideias a mil para formações d@s companheir@s e muito gás para organizar nossas células, ampliando-as através do trabalho de base, para unificar, assim, toda a juventude guerreira desse país”.
Sabemos que é muito importante a participação dos jovens na construção de políticas públicas para o nosso pais, Sil relata que “garantir o protagonismo em prol de mudanças para vida e a coletividade de jovens, entretanto, a condição de classe trabalhadora, raça/etnia negra, acesso à educação, dentre outras questões, limitam uma efetiva participação desse grande e importante grupo da sociedade. A juventude pobre, em sua maioria negra, enfrenta, cotidianamente, o desemprego, o (semi)analfabetismo, a dificuldade de acesso ao ensino superior e/ou a permanência na universidade, violência e mortes. Nesse sentido, para aumentar a participação e formação dessa juventude é imprescindível sua organização política, com o intuito de somar forças e conquistar direitos e garantias sociais, para isso, o Levante Popular da Juventude propõe: organizar e formar a juventude da periferia, do campo e do movimento estudantil, em torno da luta por uma sociedade justa, democrática, sem exploração do trabalho, degradação da natureza e opressões a setores sociais que não retratam o padrão imposto pela sociabilidade capitalista”.

Lindinês de 18 anos, que está concluindo o ensino médio da Iputinga Recife/PE conta que “somos o futuro da população, cabe a gente opinar por ele. O acampamento pra mim foi muito importante por que eu não tinha visão política. E lá eu conheci várias partes do governo e também descobri em que lado lutar. Aprendi o que é políticas públicas, para democratizar e melhorar a sociedade brasileira”.



Já para Iyalê Tahyrine coordenadora do levante de Pernambuco fala que “A juventude compõe a maior parcela do eleitorado brasileiro e não representa nem 10% dos nossos parlamentares. Diante disso, a gente percebe a necessidade de levar o debate para a juventude de como o nosso sistema político se estrutura de forma a não dar voz a grandes parcelas da população (mulheres, população negra e indígena, LGBTs...) e como somos importantes, nós nos inserirmos nos espaços públicos decisórios, onde freqüentemente se definem políticas para a juventude sem nossa contribuição direta.

O acampamento foi um momento extremamente importante para mostra ao Brasil que os jovens querem fazer e debater política, que a juventude tem um projeto para o país e está disposta a lutar por isso em conjunto com diversos momentos sociais.
Nós voltamos do acampamento muito animados com o que ele representou, mas também cheios de desafios na construção de um Projeto Popular para o país”.



Postagem de Luiz Felipe Bessa e Handryelly Ferreira da Equipe do Blog.


Entrevista

Estudantes do curso de Radio e TV da Maurício de Nassau falam sobre, como deixarmos a internet um local mais seguro e divertido.


"A melhor maneira é por meio da educação"

"Jovens participam de oficina de internet segura e ficam mais atentos aos perigos na rede"

No Dia 19 de fevereiro, realizamos mais uma oficina de internet segura, com o tema “Construindo juntos uma Internet Melhor” que foi tema do Dia Mundial da Internet Segura 2014 que é celebrado em 11 de Fevereiro. Nos mobilizando juntamente com mais de 100 países para promover ações que ajudem a garantir mais liberdade, segurança e cidadania na rede. 



A ação teve apoio do Aucuba (educação e comunicação) e da Instiuição de Ensino Maurício de Nassau. O Dia da Internet Segura é uma iniciativa criada pela INSAFE, rede que agrupa as organizações que trabalham na promoção do uso consciente da Internet nos países da União Européia. No Brasil, a organização do evento está sob a responsabilidade da SaferNet Brasil e do Ministério Público Federal. Em 2013 a GVT, Petrobras, Desabafo Social, Childhood, ABMP, Google, IIDAC , Viração e outras instituições apoiaram essa ideia. 

A ideia era pensar em propostas que pudessem ajudar construir uma internet melhor para o nosso país, e algumas delas foram bem criativas e construtivas, confiram: 

*Substituição periódica da Senha;
*Programas de conscientização para adolescentes e jovens sobre as vantagens e perigos na internet;
*Analise dos vídeos antes de cair nas redes;
*A cada postagem na internet automaticamente, fosse feita uma analise para que não se postassem conteúdos inadequados;
*Criar um conceito de moral na internet vinculado aos pais e filhos(a escola poderia ser o veiculo);
*A melhor maneira é por meio da educação. As escolas deveriam criar estratégias para informa os alunos os riscos da internet, Exemplos: Palestras, cartazes e teatros com fantoches. 

Todas as propostas foram pensadas pelos estudantes do curso de Radio e Tv da Maurício de Nassau do prédio JK. 

Postagem de Luiz Felipe Bessa e Scheylla Guthemberg da equipe do Blog. 

Viração (Janeiro e Fereveiro) nº 103

Curti a edição de Janeiro e Fevereiro da Revista Viração Ano 11 Nº 103.

http://issuu.com/viracao/docs/edicao_103?e=2936918/6597174


issuu.com/viracao/docs/edicao_103?e=0/6522028

Oficina construindo juntos uma internet melhor

Construindo juntos uma Internet Melhor! Este é o tema do Dia Mundial da Internet Segura 2014 que é celebrado hoje. Estamos nos mobilizando juntamente com mais de 100 países para promover ações que ajudem a garantir mais liberdade, segurança e cidadania na rede.


Em Pernambuco nos jovens do blog, nos mobilizamos para realizar hoje a noite a oficina, ajudando a construir uma internet melhor para o nosso pais. A oficina acontecera no Sintepe que fica localizado na Rua General José Semeão, nº 39, Santo Amaro, 50050-120 Recife, e tem inicio as 18:30h com apoio de vários movimentos sociais e Ongs locais como Levante Popular da Juventude, Instituto José Ricardo, Aucuba educação e comunicação e Rejupe (Rede de jovens pelo direito ao esporte seguro e inclusivo).

O Dia da Internet Segura é uma iniciativa criada pela INSAFE, rede que agrupa as organizações que trabalham na promoção do uso consciente da Internet nos países da União Européia. No Brasil, a organização do evento está sob a responsabilidade da SaferNet Brasil e do Ministério Público Federal. Em 2013 a GVT, Petrobras, Desabafo Social, Childhood, ABMP, Google, IIDAC , Viração e outras instituições apoiaram essa ideia.

Conheça outros locais que estão acontecendo mobilizações:
http://www.diadainternetsegura.org.br/site/sid2014

Mais informações entra em contato com:
Luiz Felipe
l.felipejoaquim@gmail.com
(81) 9211-5246 ou (81) 9670-1339

Handryelly Ferreira
Andrielledstferreira@gmail.com
(81) 8550-4790 ou (81) 9543-3380

Scheylla Santos
Sheylasnts@gmail.com
(81) 9846-9849 ou (81) 8522-0388

Bancos Comunitários: uma prática de Finanças Solidárias no Brasil



Por João Joaquim de Melo Neto Segundo

O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e o Governo Federal consideram que o campo das Finanças Solidárias no Brasil é formado por 03 segmentos: Fundos Solidários, Cooperativas de Crédito e Bancos Comunitários. Neste texto vamos refletir apenas sobre os Bancos Comunitários e a participação dos jovens no desenvolvimento deste novo modelo de banco. Por uma questão pedagógica, focaremos nossa reflexão no Banco Palmas.
Origem dos Bancos Comunitários

O primeiro Banco Comunitário do Brasil foi o Banco Palmas, surgido em 1998 na periferia de Fortaleza-CE, nos grotões do nordeste, criado pelo povo simples da favela do Conjunto Palmeira. Como morador e líder comunitário do bairro, tive o privilégio de participar dessa construção.

Na época o Conjunto Palmeira, com 20 mil habitantes, era uma comunidade extremamente carente economicamente e enfrentava graves problemas de desemprego e desnutrição. Em uma assembleia da Associação dos Moradores perguntamos para os sócios: “Por que somos pobres?” Quase que ao mesmo tempo todos responderam: “Somos pobres porque não temos dinheiro”. O debate foi tão intenso, que resolvemos criar grupos de reflexão na comunidade em torno dessa mesma pergunta. Foram realizadas 97 reuniões com líderes locais, comerciantes e moradores. Em geral, os debates terminavam com uma visão fatalista da população em relação a sua pobreza, aceitando-a como algo natural, afinal, sempre foi assim, existem pobres e ricos desde “que o mundo é mundo”!

A diretoria da Associação, insatisfeita com a falta de reflexão, resolveu então fazer uma enquete com os moradores com 04 perguntas: 1) O que você já consome por mês? (alimentação, vestuário, material de limpeza); 2) Qual é a marca dos produtos que você compra?; 3) Onde você faz a maioria de suas compras? e 4) O que você produz?

Foram ouvidas 1.600 famílias (40% do total de famílias do bairro) e obtivemos, dentre outros, os seguintes resultados: i) R$1.200.000,00 (Um milhão e duzentos mil reais) de compras eram feitas pelos moradores do Conjunto Palmira, mensalmente. ii) 80% das famílias faziam suas compras fora do bairro. iii) Apenas 3% dos entrevistados produziam ou comercializavam alguma coisa no bairro. iv) 70% das famílias faziam suas compras em Messejana, um bairro vizinho bastante desenvolvido economicamente.

Desenhamos vários cartazes com os números e fizemos reuniões rua-a-rua, afirmando para população: “nós não somos pobres, nos empobrecemos porque perdemos nossas poupanças. Perdemo-nas porque tudo que compramos é fora do bairro. Portanto, depende de nós a superação de nossa pobreza”.

Aqueles números tiveram um efeito pedagógico extraordinário na população, que começou a entender a relação da economia com a vida. Algumas dezenas de pessoas na favela descobriram o poder revolucionário de seu consumo. Mais que isso: começaram a sentir que a resposta estava ali, pertinho, dependia de nossa vontade e da forma que consumimos.

Foi assim, a partir desse entendimento de que nós éramos possíveis, que em janeiro de 1998, na pequena sede da Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira, com apenas R$ 2000,00 (dois mil reais) inauguramos o Banco Palmas. Totalmente administrado pela comunidade, o banco desenvolveu um sistema econômico próprio que conta com uma linha de microcrédito alternativo (para produtores e comerciantes), instrumentos de incentivo ao consumo local (moeda social circulante- PALMAS), e alternativas de comercialização (feiras e lojas solidárias), promovendo localmente geração de emprego e renda para diversas pessoas.

A grande novidade que o modelo de Banco Comunitário trouxe foi a visão da solidariedade territorial. O bairro como um todo se torna um “empreendimento solidário” onde os moradores produzem e consomem um dos outros. É a noção de solidariedade coletiva: eu melhoro de vida na proporção que o bairro melhora, dessa forma melhoramos juntos. Anos depois chamamos isso de Rede Local de Prosumatores, onde cada morador e cada moradora é ao mesmo tempo produtor(a), consumidor(a) e ator ou atriz social de transformação.

A Rede Brasileira

Em 2003 a comunidade do Conjunto Palmeira criou o Instituto Banco Palmas, responsável pela expansão da metodologia dos Bancos Comunitários em todo o país. Em janeiro de 2014 já somos 103 Bancos Comunitários, organizados na Rede Brasileira de Bancos Comunitários(RBBC), distribuídos em 19 estados da federação: em assentamentos, comunidades indígenas, ilhas na Amazônia, pequenos distritos e outras periferias urbanas e rurais. Em 2013, um milhão de brasileiros foram impactados positivamente pela ação dos Bancos Comunitários (conf.: Relatório do III Encontro Nacional da RBBC – Março/2013). Hoje já existem outras ONGs (Organizações Não-Governamentais) responsáveis pela criação de novos bancos comunitários e dezenas de instituições parceiras. O maior apoio vem, contudo, da Secretaria Nacional de Economia Solidaria do Ministério do Trabalho e Emprego-SENAES/MTE.

Em 2007 a RBBC criou o Termo de Referência e o marco teórico-conceitual dos bancos comunitários, assim definindo:

“Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da Economia Solidária. Seu objetivo é promover o desenvolvimento de territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de produção e consumo, baseado no apoio às iniciativas de economia solidária em seus diversos âmbitos, como: empreendimentos sócio-produtivos, de prestação de serviços, de apoio à comercialização (bodegas, mercadinhos, lojas e feiras solidárias), organizações de consumidores e produtores.”

A Juventude e os Bancos Comunitários

Para pôr em marcha uma prática tão alternativa faz-se necessário a ousadia e a capacidade de inovação da juventude; já dizia o poeta: “juventude sem rebeldia, é velhice precoce”.

Relato abaixo três ações desenvolvidas pelo Instituto Banco Palmas com a juventude de Fortaleza que são estratégicas para a expansão e melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pelos Bancos Comunitários:

Consultores Comunitários

É um treinamento de 400 horas-aula, realizado na sede do Instituto Palmas, para os jovens (18 a 28 anos) da periferia de Fortaleza. Nesse treinamento a juventude aprende tanto a parte técnica/operacional de um Banco Comunitário (análise de crédito, cobrança, seguros, técnica de vendas, organização de feiras e outros), como a teoria que orienta sua prática: economia solidária; democracia econômica, consumo sustentável, comércio justo, desenvolvimento local, entres outros. Os Consultores Comunitários tem como missão prestar assessoria técnica aos pequenos empreendimentos do bairro para melhorarem seus produtos e suas vendas, e ajudar e se organizarem na rede de economia solidária do bairro/local. Para ser um trabalhador da equipe do Instituto Banco Palmas, é obrigatório fazer o curso de Consultores Comunitários. Por fim, vale ressaltar que hoje é um jovem, um ex-aluno do curso de Consultores Comunitários, quem coordena a parte pedagógica e curricular desse processo formativo.

Agentes de Inclusão Socioprodutiva

São jovens (de 16 a 28 anos), treinados pelo Instituto Banco Palmas (60h) cuja função é realizar visitas domiciliares às mulheres do programa Bolsa Família atendidas pelo Banco Palmas (projeto ELAS). Durante as visitas os agentes conversam, observam, aconselham e estimulam a participação das mulheres nas diversas atividades promovidas pelo Banco Palmas (cursos profissionalizantes, oficinas de educação financeira, encontros pedagógicos, visitas a pontos turísticos da cidade, crédito e outros), objetivando promover a inclusão sócio-produtiva, financeira e bancária dessas mulheres. Os agentes assumem um papel de grande relevância no Banco Comunitário por trabalharem diretamente com a população mais pobre, acompanhando individualmente cada mulher, servindo como uma espécie de “animador” responsável pela inclusão das mesmas.

PalmasLab

O Laboratório de Inovação e Pesquisa em Finanças Solidárias do Banco Palmas (PalmasLab), é um espaço de criação e aceleração de empreendimentos voltados para TI (Tecnologia da Informação), com recorte para as Finanças Solidárias. A PalmasLab já criou dois aplicativos, um de mapeamentos socioeconômicos dos territórios e outro para pesquisas de opinião sobre temas relevantes para a comunidade. Os jovens da comunidade são capacitados na PalmasLab em programação e desenvolvimento de aplicativos, podendo se engajar nas pesquisas do Instituto Banco Palmas nos diversos municípios ou criarem seu próprio empreendimento de TI. Cabe ainda a equipe de jovens da PalmasLab toda a parte de animação e criação da comunicação do Instituto Banco Palmas nas mídias sociais, incluso sua página na web.

Crescendo em média 20% ao ano, organizando comunidades para autogerir suas finanças, com a contribuição e a criatividade libertária da juventude, os Bancos Comunitários tem apontado na direção de outro modelo de banco, possível, justo, humano, radicalizando os princípios da Economia Solidária.

* João Joaquim de Melo Neto Segundo é coordenador do Instituto Banco Palmas e da Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC).

Envolva-se

Agora que você conhece um pouco mais do tema, conheça outras iniciativas, como as moedas locais na Espanha. Hoje existem 70 espalhadas pelo país. Acesse: http://www.rtve.es/alacarta/videos/documentos-tv/documentos-tv-monedas-cambio/2063367/

Conheça também outra iniciativa como o Banco Sampaio e a Agência Cultural Solano Trindade, da comunidade no Campo Limpo (SP): http://www.youtube.com/watch?v=uCUDngoIvwk

Postagem da Equipe do Blog.

Igualdade para Todos

 

O combate á homofobia tem sido uma luta constante, o que até pouco tempo era inaceitável pela sociedade, hoje já conquistou admiração e respeito. Estamos vivendo um momento histórico e este evento foi uma grande conquista da população LGBT, querendo acabar com o preconceito.

 A maior luta do grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) é pela conquista da sua identidade e do seu direito. A população LGBT quer que o poder público e a sociedade a enxerguem como cidadãos de direito. A maior luta é poder viver livremente a sua sexualidade. “É uma luta pela liberdade e igualdade o que já existe na constituição, mas que na prática não é cultivado”.
 O Coletivo toda forma de Amar da Faculdade de Direito do Recife realizou a 1 semana LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais)  o evento promoveu debates e reflexões sobre temáticas visibilizados  no cotidiano da faculdade de direito e também contribuindo para o combate a homofobia e toda e qualquer forma de opressão com tais temas: O movimento LGBT e a luta de classes, Lesbofobia e identidade lésbica, Novo PLC/122 avanços e retrocessos das pautas sociais LGBT,  Lei de identidade de gênero Perspectivas para ex travestis e transexuais,  Interferência religiosa e laicidade: desafios á efetivação da cidadania plena aos/ ás LGBTs. Contando também com a Intervenção inesperada que teve como objetivo mostrar que a luta também é pela cultura.
 E em torno desses temas surgiram vários gritos de guerra um deles foi: “O que eu tenho entre as minhas pernas não me define” e entre esses a nossa luta é todo dia por um Brasil sem Homofobia, para que a sociedade veja que somos todos humanos e iguais merecemos respeito.

Handryelly Ferreira da Equipe do Blog.