Foto: Gabriel Araújo, 17 anos (ES)
Os povos indígenas somam uma parcela de 0,4% da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia, atualmente são 734 mil indígenas. Apesar disso, na 9aCNDCA a participação de crianças e adolescentes indígenas é tímida.
Em conversa com a equipe da cobertura educomunicativa, o jovem indígena da tribo Pataxó, de Coroa Vermelha- BA, Ubirai Pataxó, de 25 Anos, ressaltou a dificuldade de aprovar propostas especificas para meninos e meninas indígenas. “A conferência para nós é muito importante, sempre buscamos participar desse tipo de evento. O problema é que não dão muita importância para nós, não conseguimos eleger propostas, pois a maioria que vai ser debatida é direcionada para o homem branco”, protesta Ubirai.
O adolescente indígena, Urapinã Pataxó, de 17 anos, reclamou dos problemas que enfrentou para participar da Conferência, “tivemos muita dificuldade, pois não recebems apoio do estado para ir de Porto Seguro para Salvador onde pegaríamos o voo para Brasília e não recebemos apoio para alimentação. Além disso, não tivemos nenhum tipo de reunião para definir de que forma deveríamos melhor proceder para lutar por nossos direitos”. Também afirmou que “diferente do que pensam, não somos somente um enfeite ou um modelo para vocês ficarem batendo fotos, vivemos em um lugar onde de um lado fica nossa aldeia e do outro lado está o asfalto, que influência diretamente em nossa segurança, saúde, cultura. Denuncia ainda que a Funai vai às aldeias, constrói casas, como se isso fosse algo a mais que nossos direitos, não dando importância aos nossos reais problemas; é tipo como um marketing para dizer que realmente fizeram alguma coisa”, conta Urapinã.
Por Gabriel de Araújo, 17 anos (ES) e Andressa de Lima, 16 (AC), adolescentes educomunicadores em Brasília
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